sábado, 6 de junho de 2009

Que noite!

Validuaté e Márcio Greyck (Altos, 2007)


Anteontem, dia 5 de junho, vivi uma noite inesquecível. Por alguns motivos. Fui assistir ao show de nosso grande e querido Márcio Greyck em uma grande festa da Jovem Guarda aqui na cidade de Teresina, onde também tocaram Os Pholhas e Almir (Fevers). A festa foi grande mesmo, já assustando pela dificuldade de estacionar e a fila pra entrar. Tinha a expectavia de poder conversar um pouco com o Márcio sobre sua canção que gravamos, a belíssima Eu preciso de você e também esperava um grande show como o que vimos na cidade de Altos, quando assistimos pela primeira vez ao show do Márcio, e pudemos conversar muito.

Ao entrar no local, que estava lotado, tive a má impressão de que o som não estava bom. Estava abafado, sem definição, e baixo. A primeira impressão foi a que permaneceu pelo resto da noite. A segregação econômica estava materializada sob a forma de uma grade que nos separava da área das mesas. A distância nos permitia pelo menos ver quantos músicos estavam sobre o palco...

O primeiro show foi o dos Pholhas. Músicas bonitas embalaram abraços e beijos de muitos casais que dançavam por todo lado. Um público na sua maioria maduro, talvez mais na aparência do que nas atitudes. Já explico.

Terminado o show dos Pholhas, fecham-se as cortinas. Depois de algum tempo - não demorou muito - aparece um moço no meio das duas cortinas. Ele fala algo sobre apoios e patrocínios e outras coisas que não se podiam ouvir, dada a já comprovada desqualificação do equipamento de som e a coerente incompetência do "mesário", para usar um termo mais apropriado. Depois de falar e falar, ele anuncia a segunda atração: Márcio Greyck. Isso mesmo. Teve dificuldade para ler? Mais a tive para entender o distinto apresentador ao anunciar para um público desinteressado um dos maiores nomes da música romântica do Brasil: Márcio Greyck! Ele entrou correndo, com uma alegria jovial, acenando para as pessoas que o esperavam ali na frente. Desta vez não trouxe banda completa, e tocou acompanhado por seu guitarrista e seu tecladista. Talvez por usar esse formato de banda, o som precisasse de um cuidado maior. Se antes, com todos os Polhas no palco, o som já estava obscuro, com uma formação menor ele ficou soterrado. Mas o pior foi ouvir as vaias que surgiram ali logo atrás de onde eu me encontrava. Seria louvável qualquer atitude que servisse de protesto contra a má-qualidade dos servisos ali oferecidos, se não fosse algo tão grosseiro e se fosse direcionada ao responsável pela falha. Afinal, todos pagaram e queriam ver um show de qualidade. Mas vaiar o artista?!!! Isso passou da conta. Será que os pobres coitados ignorantes que vaiaram acreditavam que a culpa era do artista? Olhei para a cabine onde deveria estar o "mesário" irresponsável pelo som....: apertem os cintos, o "mesário" sumiu. Talvez estivesse cuidando de outro tipo de mesa... Um momento triste e constrangedor que logo passou, assim que ouvimos canções como "O apartamento", "Impossível acreditar que perdi você", "O infinito", "Aparências" e "Eu preciso de você", música que regravamos em nosso segundo CD. A cada uma eram mais e mais aplausos. Acretido que as vaias não chegaram aos ouvidos do Márcio. Estávamos a uma distância considerável e os gritos se misturavam aos aplausos. Ele não as merecia ouvir. Apesar de tudo foi emocionante vê-lo, mesmo de longe. Uma pena ele ter de voltar correndo pro aeroporto. Será que a "produção" não pagou hotel pros artistas?

Para meu consolo terei a chance de reencontrá-lo dia 25 no Teatro 4 de Setembro, quando ele virá participar do Projeto Seis e Meia. Quem teve sorte mesmo foi nosso amigo Thiago e, que não entrou na festa e enquanto esperava pra ver se o preço do ingresso baixava, teve a chance de falar com ninguém menos que Márcio Greyck, quando este chegava ao local do show. Que danado esse Thiago! Ganhou a noite.

A última atração foi Almir. O show mais animado. Ninguém parado. "Veeeem, vem me ajudaaaar!...." "hey girl, laralará!...." "paaaa, papa papaaaaá....", "onde estão teus ooooooolhos negros..." "pra cima, pra baixo, pra cima....", "eu perguntava do you wanna dance.....", "se você me quiser aaaaahhhahh". O som cresceu um pouco mas ainda estava cavernoso. Pelo visto foi satisfação total no final da festa e ninguém precisou pedir seu dinheiro de volta.

Jamais esquecerei dessa noite, principalmente pelo que ocorreu no show do nosso querido Márcio. Ainda bem que o próximo show será no Teatro. Aí sim teremos show e não festa.

No mais é bom irmos conhecendo os produtores show e festas de nossa cidade: Senhor Raimundo Gomes, comecei a conhecê-lo nessa grande festa da jovem guarda.


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