quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Jorge Mautner! Viva Jorge Mautner! Feliz Parabéns, bicho!


"Kaos com K não é caos com C".

No início dos anos 60, alguns jovens escritores paulistas propunham um novo sincretismo literário: surrealismo, antiautoritarismo, hedonismo, existencialismo e Revolução. O primeiro deles a se lançar será Jorge Mautner, em 1962, com "Deus da Chuva e da Morte", um caleidoscópio estilhaçado das modernas ideolo-gias, todas incorporadas e ao mesmo tempo rejeitadas em nome do grande Kaos: o sentimento vertiginoso da existência na moderna Babilônia. Em Mautner, desde cedo, a colagem sincrética que funde a alma negra das favelas com o fascínio das vanguardas internacionais se transformará em música popular, semente de uma nova sensibilidade. Como notou Caetano Veloso, cantando, de óculos escuros, "Vampiro", na TV Paulista, Mautner inaugurava o tropicalismo e a anti-bossa nova. O dilema dos artistas da época do populismo - arte engajada versus esteticismo de vanguarda - se resolverá em Mautner pela introdução da vanguarda na música popular. "Eu, Claudio Willer, Rodrigo de Haro, Roberto Bicelli, Raul Fiker, Jorge Mautner, sempre acreditamos no desregramento de comportamentos. É por isso que sempre tivemos choque com a esquerda e a direita. Di-ziam que éramos loucos, depravados, anarquistas", escreverá ROBERTO PIVA.

(Enciclopédia "Nosso Século", ed. Abril)


TEMOS QUE HARMONIZAR AS CULTURAS FEITO AS HARMONIAS DOS ATRATORES ESTRANHOS!

Tomara que tu nunca morra, Mautner!
E se morrer é pra voltar - que nem o James Dean.

Um comentário:

Laís Romero disse...

belo ....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk